sexta-feira, 20 de julho de 2012

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A hospedeira



Sobre a Autora:

Nome completo: Stephenie Meyer

Pseudônimo: Não usa

Localidade: Cave Creek, Arizona, EUA

Gênero: Romance, suspense e ficção

Stephenie Sonnibe Meyer nasceu em Hartford, Connecticut na vespera do natal em 24 de dezembro de 1973, filha de Stephen Morgan e Candy. Ela cresceu em Phoenix, Arizona, com cinco irmãos: Seth, Emily, Jacob, Paul, e Heidi. Ela frequentou a escola Chaparral High School, em Scottsdale, Arizona, e cursou literatura inglesa na Universidade Brigham Young, em Provo, Utah, onde se formou em 1995. Meyer é membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Conheceu seu marido Christian, mais conhecido por "Pancho", quando era pequena, casou-se com ele em 1994. Juntos, eles têm três filhos: Gabe, Seth e Eli. Após escrever Crepúsculo (Twilight), Stephenie ganhou 3 prêmios: um do NY Times e dois da Associação das Bibliotecas Americanas.

Crepúsculo (Twilight nos EUA), é o seu primeiro romance. Depois da sua publicação, Stephenie foi escolhida como um dos "novos autores mais promissores de 2005" pela Publishers Weekly. O sucesso desta obra lhe rendeu contratos de adaptação para o cinema, produtos e o planejamento de novas obras com a Little, Brown and Company.

Meyer atualmente vive em Cave Creek, Arizona, e possui também uma casa em Marrowstone Island, Washington. A escritora já veio ao Brasil, em novembro de 2010, juntamente da equipe de filmagem de Amanhecer, longa-metragem de que foi produtora oficial.

Meyer ganhou recentemente duas versões de sua biogafia: uma em quadrinhos, feito originalmente pela Bluewater Comics, "Twilight Unbound: The Stephenie Meyer Story", que conta a vida e a inspiração para a saga, a história e as lendas de Forks; e uma outra, não-autorizada, do biógrafo americano Marc Shapiro.


A Editora:
INTRÍNSECA: JUVENTUDE E COMPETÊNCIA EDITORIAL

Uma editora jovem, não só na idade — afinal foi fundada em dezembro de 2003 — mas no espírito inovador de optar pela publicação de ficção e não ficção priorizando a qualidade, e não a quantidade de lançamentos. Essa é a marca da Intrínseca, cujo catálogo reúne títulos cuidadosamente selecionados, dotados de uma vocação rara: conjugar valor literário e sucesso comercial.

Com uma apurada seleção de títulos, vários livros alcançam um expressivo número de leitores, figurando em listas de best-sellers por muitos meses, obtendo assim uma incomum unanimidade de elogios por parte do público, da crítica e do mercado. À bem cuidada curadoria editorial alia-se o apuro na produção gráfica, o que transforma as edições em objetos de culto a serviço da boa literatura.

A orientação editorial privilegia temas e estilos que se destacam pela diferença, ousadia e impacto. A Intrínseca tem em seu catálogo, hoje, noventa livros, sendo três deles entre os dez mais vendidos do país. Temos como foco o valor intrínseco do livro – a sua inestimável importância cultural, com o objetivo de guardar, de uma forma diferenciada, um universo particular em cada título publicado.


sexta-feira, 13 de julho de 2012


Beijada por um Anjo
Almas Gêmeas

Neste terceiro livro da série, Beijada Por Um Anjo – Alma Gemeas, para alguns é o momento da verdade e para outros é apenas a conclusão ou desilusão de suas hipoteses. E sim o final aliado a momentos de suspensse e um pouquinho de adrenalina é muito, muito interessante apesar de inevitavel.

Infelizmente não me recordo de ter lido outras obras de Elizabeth Chandler para poder minuciar melhor seu mundo literário, mas até onde pude perceber é uma autora concisa e não deixa arestas na história. O que encontrei um pouquinho de dificuldade nas leituras das obras foi que no meu exemplar a continuação estava desconexa sem a seqüência correta, no caso pulando partes da história, o que infelizmente deixa a narrativa confusa e um pouco fora de foco.

Nesta série que iniciou como uma trilogia e só anos depois veio a se tornar uma série com o lançamento das continuações quatro e cinco e possivelmente um sexto livro a caminho Elizabeth relata um romance cheio de suspense e ficção de forma muito simples e sem meandros, uma leitura muito gostosa e facil. Ela consegue deixar pistas sutis subentendidas mas, que só revelam, realmente a complexidade no desenrolar do tema.

Deixo a dica para quem quiser desfrutar de mais alguns livros de Elizabeth Chandler assim como eu:

SÉRIES:

Beijada por um Anjo: ( que é claro deixou ser uma trilogia e passou a ser uma série)
1. Beijado por um anjo (1995)
2. A Força do Amor (1995)
3. Almas Gêmeas (1995)
4. Destinos Cruzados (2011)
5. Revelações (2012)
6. ….

Dark Secrets:
1. Legacy of Lies (2000)
2. Don’t Tell (2001)
3. No Time to Die (2001)
4. The Deep End of Fear (2003)
5. The Back Door of Midnight (2004)

Livros:
Hot Summer Nights (1996)
At First Sight (1998)
Love Happens (1998)
I Do (1999)
Eloise at Christmas (2003)
Summer in the City (2006)
Love at First Click (2009)

Participações:
First Kisses
The Real Thing (2007)




Ivy está de volta às aulas e, como já era de se esperar, todos estão de olho na garota que estava com Tristan Carruthers na noite em que ele morreu.

Tentando voltar à sua vida normal, acontecimentos estranhos assustam Ivy. Seus pesadelos são cada vez mais claros, e ela tenta se lembrar com detalhes de tudo o que aconteceu na noite do acidente.

O quebra-cabeça vai sendo montado, mas para que ela descubra toda a verdade e consiga se livrar do perigo constante que a rodeia, precisa da ajuda de Tristan. Com o passar do tempo, ela volta a sentir a presença de seu amor e, então, juntos irão lutar para que Ivy sobreviva.

Mas ainda há uma grande dúvida no coração de ambos: se Tristan salvar Ivy, isso significa que sua missão na Terra terá terminado?


Capitulo 1

Com o queixo empinado e os cabelos louros e encaracolados puxados para trás, Ivy bateu a porta da orientadora da escola e foi andando pelo corredor. Vários rapazes da equipe de natação viraram-se para vê-la caminhando até seu armário. Ivy fez o que pôde para retribuir-lhes o olhar com confiança. A calça e a blusa que estava usando no primeiro dia letivo haviam sido escolhidas por Suzanne; sua amiga de longa data e também especialista em moda. Que pena ela não ter escolhido também um saco para enfiar na cabeça que combinasse com seu traje, pensou Ivy. Passou em frente ao quadro de avisos do terceiro ano do ensino médio. As pessoas cochichavam, apontavam para ela com tímidos acenos de cabeça. Situações que já deveria ter imaginado que fossem acontecer.

As pessoas apontariam o dedo para qualquer uma por quem Tristan Carruthers tivesse se apaixonado. Qualquer pessoa que tivesse estado com Tristan na noite em que ele havia morrido seria alvo de cochichos. Assim, era natural que elas apontassem, cochichassem e observassem com muita, muita atenção qualquer pessoa que tivesse tentado o suicídio por não conseguir superar a morte de Tristan. E era isso que todos comentavam a respeito de Ivy: que, por causa do coração partido, havia tomado umas pílulas, tentando, em seguida, se jogar na frente de um trem.

Ela só se lembrava da parte do coração partido, do longo verão depois do acidente de carro, dos pesadelos com o cervo batendo contra o para-brisa. Três semanas atrás, tivera um de seus pesadelos e acordara gritando. Tudo o que conseguia se lembrar sobre aquela noite era de ter sido consolada por seu irmão adotivo, Gregory, e de ter caído no sono logo depois, olhando para a foto de Tristan. Aquela foto, sua foto predileta de Tristan, a foto em que ele usava um velho casaco da escola e um boné de beisebol com a aba virada para trás, agora a assombrava. Já a assombrava mesmo antes de ouvir a versão de seu irmão caçula sobre os acontecimentos daquela noite.


A história de Philip sobre um anjo tê-la salvado não convenceu sua família nem a polícia de que não fora uma tentativa de suicídio. E como ela podia negar ter ingerido uma droga que aparecera no exame de sangue feito pelo hospital? Como poderia argumentar contra o depoimento do maquinista do trem à polícia alegando que não teria conseguido parar a tempo?

- Medo, medo, medo – uma voz vibrante interrompeu os pensamentos de Ivy. – Quem quer brincar do jogo do medo, medo, medo?
Estava gritando, escondido embaixo do espaço coberto da escada. Ivy sabia que era o melhor amigo de Gregory, Eric Ghent, e continuou andando.

- Medo, medo, medo…
Como ela não reagiu, ele saiu debaixo da escada, parecendo um esqueleto emergindo da tumba.

Os parcos cabelos loiros pareciam faixas penteadas para trás, mostrando a enorme testa, e seus olhos, pálidas bolas de gude azuis encaixadas em orifícios cercados por ossos. Ivy não tinha visto Eric nas últimas três semanas; suspeitava que Gregory estivesse mantendo seu amigo zombeteiro longe dela.

Eric começou a se mover rapidamente, o suficiente para bloquear a passagem dela. – Por que você não foi até o fim? Perdeu a coragem? Por que você não se matou?

- Desapontado? – indagou Ivy.
- Medo, medo, medo – foi a resposta provocativa dele.
- Me deixe em paz, Eric – Ivy disse, apertando o passo.




 - Uh-hu, agora não – respondeu, agarrando seu pulso, seus dedos esqueléticos apertavam o braço dela com força. – Você não pode me dar o fora agora, Ivy. Você e eu temos muito em comum.

– Não temos nada em comum – respondeu, soltando-se dele.

– Gregory – disse, enumerando com um dedo. – Drogas – levantou o segundo dedo. – E nós dois somos campeões no jogo do medo – balançando o terceiro dedo. – Somos parceiros agora.

Ivy continuou andando, embora quisesse mesmo sair correndo. Eric vinha atrás dela, continuando a provocar.

- Conte para seu bom amigo, o que a levou a fazer isso? No que você estava pensando quando viu o trem passar correndo pelo trilho bem ali embaixo? Qual foi a sua viagem?

Ivy sentiu repulsa pelas perguntas dele. Parecia impossível pensar que ela, deliberadamente, pularia na frente de um trem. É certo que perdera Tristan, mas ainda havia pessoas em sua vida que eram muito amadas por ela – Philip e sua mãe, Suzanne e Beth, e Gregory, que sempre a protegera e consolara desde a morte de Tristan. Gregory tinha passado por muita coisa também, o suicídio de sua mãe havia acontecido um mês antes da morte de Tristan. Ivy viu a dor e a raiva que aquela morte causaram a ele, e parecia totalmente insano que ela pudesse tentar fazer a mesma coisa.

Contudo, todos diziam que ela havia feito sim. O próprio Gregory dizia.

- Quantas vezes tenho de falar para você, Eric? Não consigo me lembrar do que aconteceu naquela noite, não consigo!

- Mas você vai – disse, abafando o riso. – Mais cedo ou mais tarde, você vai.

Com isso, ele saiu da frente dela e se virou, como um cão quando chega ao final de seu território. Ivy continuou caminhando em direção ao seu armário e ao de suas amigas, ignorando outros olhares curiosos. Tinha esperança de que Suzanne e Beth já tivessem terminado a reunião de orientação aos formandos.



Não era preciso encontrar o número do novo armário de Suzanne Goldstein. Ela não estava lá, mas o armário estava impregnado do aroma de seu perfume favorito, o que levou Ivy – bem como todos os rapazes que desejavam deixar um recado para Suzanne – ao local exato. Suzanne estava saindo com três rapazes diferentes no momento, uma estratégia para deixar Gregory enciumado.

O armário de Beth Van Dyke, que ficava próximo ao de Ivy este ano, já tinha um papel grudado na porta, mas, provavelmente, não era recado de um belo admirador. O mais certo era que ela mesma devia ter fechado a porta deixando de fora uma das muitas anotações sobre suas histórias de romances tórridos, uma das muitas que constavam em seus cadernos.

Ivy seguiu em frente até chegar ao seu próprio armário para deixar alguns livros. Ajoelhando-se, digitou a combinação e abriu a porta. Suspirou. Do lado de dentro da porta, havia uma fotografia de Tristan, a mesma fotografia que a vinha assombrando nas últimas três semanas. Por alguns segundos, mal conseguiu respirar. Como aquilo tinha ido parar ali?

Rapidamente, começou a se lembrar de tudo que fizera naquela manhã: chamada na sala de preparação; depois, reunião geral e loja da escola, e, finalmente, reunião com a orientadora. Leu a lista das atividades duas vezes, mas não conseguia se lembrar de ter colocado a foto na porta. Será que estava mesmo enlouquecendo?

Ivy fechou os olhos e recostou-se na porta do armário. Estou louca, pensou. Estou mesmo louca.

- Estou maluca, Gregory? – era o que tinha perguntado há três semanas, em seu quarto, no primeiro dia após ter retornado do hospital. Estava com a fotografia de Tristan nas mãos e tremia. Gregory tirou a foto das mãos dela gentilmente e a deu para Philip, seu salvador de nove anos de idade.



 - Você vai ficar melhor, Ivy. Tenho certeza – disse Gregory, fazendo-a deitar-se na cama ao lado dele e colocando seu braço ao redor dela.

- O que significa que estou louca agora.

Gregory não respondeu logo em seguida. Já tinha percebido que ele estava diferente quando foi visitá-la no hospital. Seus cabelos negros estavam impecáveis, como sempre, e seu belo rosto parecia uma máscara, exatamente como quando o vira pela primeira vez, escondendo seus pensamentos mais profundos em seus olhos acinzentados.

É algo difícil de entender, Ivy – disse, com cautela. – É difícil saber exatamente no que você estava pensando naquele momento – olhou para Philip, que devolvia a foto ao seu lugar no porta-retratos em cima da escrivaninha. – E com certeza a história de Philip não ajuda muito.

O irmão reagiu expressando seu olhar teimoso.

- Talvez agora que não há ninguém por perto, você possa nos dizer o que realmente aconteceu, Philip.Philip olhou para as duas prateleiras vazias que um dia abrigaram a coleção de anjos de Ivy. As estatuetas eram dele agora. Ivy tinha dado a ele com a condição de que nunca mais falasse em anjos novamente.

- Eu já contei.

- Conte novamente – Gregory disse em um tom baixo e tenso.

- Por favor, Philip. Vai me ajudar – disse Ivy, estendendo a mão para ele.

Ele a deixou segurar sua mão sem muita firmeza. Sabia que estava cansado de ser interrogado, primeiro pela polícia, depois pelos médicos no hospital e, por último, por sua mãe e pelo pai de Gregory, Andrew.

- Eu estava dormindo. Depois do seu pesadelo, Gregory disse que ficaria com você. Peguei no sono novamente. Mas, depois, ouvi alguém me chamando, não sabia quem era no começo. Ele me mandou acordar. Disse que você precisava de ajuda.

Philip parou de narrar como se a história tivesse chegado ao fim.



 - E?

Olhou para as prateleiras vazias, depois soltou a mão dela.

- Continue – pediu Ivy.

- Você vai gritar comigo.

- Não vou. E nem o Gregory vai – disse, lançando a Gregory um olhar de advertência. – Apenas nos conte o que você lembra.

- Você ouviu uma voz em sua cabeça – disse Gregory. – E ela dizia que Ivy precisava de ajuda. A voz parecia a de Tristan.

- Era o Tristan – insistiu Philip. – Era o anjo Tristan!

- Está bem, está bem – disse Gregory.

- A voz lhe disse qual era o problema comigo? A voz disse a você onde eu estava?

Ele balançou a cabeça. – Tristan me disse para colocar meus sapatos, descer a escada, e ir para a porta dos fundos. Depois, corremos pelo gramado até o muro de pedras. Sabia que não podia ultrapassá-lo, mas Tristan disse que não havia problemas porque ele estava comigo.
Ivy conseguia sentir a tensão no corpo de Gregory ao lado do seu, mas concordava com a cabeça, encorajando Philip a continuar.

- Foi assustador, Ivy, descer a montanha. Era difícil de escorar. As pedras eram escorregadias demais.

- É impossível – disse Gregory, expressando frustração e perplexidade. – Uma criança jamais conseguiria fazer aquilo. Eu não conseguiria fazer aquilo.

- Tristan estava comigo – salientou Philip.

- Não sei como você chegou à estação, Philip – disse Gregory com a raiva à flor da pele. – Mas estou cansado dessa história de Tristan. Não quero ouvi-la novamente.

- Eu quero – Ivy disse em voz baixa, percebendo que Gregory prendia o fôlego. – Continue – disse.

- Quando chegamos ao pé da montanha, ainda tínhamos de passar por uma outra cerca. Perguntei o que estava acontecendo, mas Tristan



não me falou. Só disse que tínhamos de ajudar você. Então, comecei a escalar a cerca, daí eu quase estraguei tudo. Pensei que, como Tristan era um anjo, conseguiria voar – Gregory levantou-se e começou a andar pelo quarto. – Mas nós dois juntos não podíamos, então acabamos caindo do topo da cerca.

Ivy olhou para o tornozelo enfaixado do irmão. Seus joelhos estavam roxos e feridos.

- Então ouvimos o apito do trem. E tínhamos de continuar correndo. Quando chegamos mais perto, vimos você na plataforma. Gritamos para você, Ivy, mas você não nos ouvia. Subimos a escada correndo e atravessamos a ponte. Foi, então, que vimos o outro Tristan, o que estava de boné e casaco, igual ao da fotografia – disse, apontando para ela.

Ivy estremeceu.

- Então – disse Gregory – o anjo Tristan estava em dois lugares – com você e também do outro lado dos trilhos. Ele estava fazendo uma brincadeira com ela, pedindo que fosse até ele. Não era uma brincadeira muito legal.

- Tristan estava comigo – enfatizou Philip.

- Então, quem estava do outro lado? – perguntou Gregory.

- Um anjo mau – Philip respondeu com convicção. – Alguém que queria ver Ivy morta.

Gregory pestanejou.

Ivy deixou o corpo, apoiado na cabeceira, afundar-se na cama. Por mais bizarra que a história de Philip parecesse, era algo mais real para ela do que a ideia de ter ingerido drogas para se atirar na frente do trem. E não se podia negar o fato de que, de alguma forma, seu irmão fora até lá para salvá-la no último minuto. O maquinista tinha visto uma forma indistinta na frente do trem e havia passado um rádio para a central avisando que não conseguiria parar a tempo.




 - Pensei que você tivesse visto Tristan – disse Philip.

- Como assim? – Ivy perguntou.

- É que você se virou. Achei que tivesse visto a luz – Philip disse, lançando-lhe um olhar esperançoso.

Ivy balançou a cabeça. – Não me lembro. Não me lembro de nada referente à estação de trem.
Talvez fosse mais fácil se nunca viesse a se lembrar do que acontecera, Ivy pensou. Mas, toda vez que olhava para a foto, sentia sua mente arrepiar. Algo não permitia que desviasse o olhar e esquecesse. Ivy encarava a foto até esta ficar turva. Nem percebeu que havia começado a chorar.

- Ivy… Ivy, não.

As palavras de Suzanne trouxeram-na de volta ao tempo presente. Assim que ergueu a cabeça, sua amiga ajoelhou-se ao lado do armário. A boca delineada pelo batom chamativo. Beth, que também havia retornado da orientação, estava de pé bem atrás, procurando lenços de papel na mochila. Olhou para Ivy e o brilho de seus olhos refletia as lágrimas da amiga.

- Estou bem – disse, enxugando os olhos rapidamente, olhando de uma para a outra. – Sério, estou bem.

Mas dava para perceber que não acreditavam nela. Gregory a trouxera para a escola naquele dia e Suzanne a levaria para casa. Era como se não confiassem nela dirigindo, como se pensassem a todo minuto que ela perderia o controle e se atiraria de um penhasco.

- Você não devia pendurar essa foto no seu armário – comentou Suzanne. – Mais cedo ou mais tarde, você vai ter de deixar isso para trás, Ivy. Você só está fazendo com que fique… – hesitou.

- Louca?

Suzanne passou a mão na sua vasta cabeleira negra, depois ficou mexendo no seu brinco de argola dourada. Nunca tinha ficado



constrangida ao expressar seus sentimentos antes, mas estava sendo cautelosa agora. – Não é saudável, Ivy – disse, finalmente. – Não é bom deixar essa fotografia aqui, fazendo com que você se lembre toda vez que abrir a porta.

- Mas não fui eu quem a colocou aqui – disse Ivy.

Suzanne franziu a testa. – O que você está dizendo?

- Você me viu fazendo isso? – Ivy perguntou.

- Bem, não, mas você tem de se lembrar… – a amiga começou a dizer.

- Não me lembro.

Suzanne e Beth entreolharam-se.

- Então, alguém deve ter colocado – disse Ivy, tentando aparentar bem mais certeza do que realmente tinha. – É uma fotografia da escola. Qualquer um pode ter uma cópia. Eu não a coloquei aqui, então outra pessoa deve ter feito isso.

Houve um momento de silêncio. Suzanne suspirou.

- Você conversou com a orientadora hoje? – perguntou Beth.

- Acabei de vir de lá – disse Ivy, fechando o armário, deixando a fotografia lá dentro.
Levantou-se ao lado de Beth, cuja vestimenta também havia sido escolhida por Suzanne. Mas Beth poderia estar vestida “na última moda” que, para Ivy, sempre se pareceria com uma coruja de olhos bem abertos, com seu rosto arredondado e seus cabelos frisados feito plumas.

- O que a Srta. Bryce disse? – perguntou Beth enquanto caminhavam pelo corredor.

- Não muito. Devo conversar com ela duas vezes por semana e aparecer por lá sempre que tiver um dia ruim. Então, vocês duas irão segunda-feira? – perguntou, mudando o assunto.

Os olhos de Suzanne brilharam. – À festa da família Baines? É a tradição do Dia do Trabalho! – sentia-se aliviada por falar sobre a festa.



Ivy sabia que o último mês fora difícil para Suzanne. Ela havia ficado tão enciumada com a atenção que Gregory dava a Ivy que chegou a deixar de falar com a melhor amiga. Depois, quando Gregory contou a Suzanne que Ivy havia tentado cometer suicídio, sentiu-se culpada por ter rompido com a amiga. Mas Ivy sabia que ela também tinha sua parcela de culpa no rompimento. Tinha se aproximado demais de Gregory. Nas três semanas que se seguiram ao incidente na estação de trem, Gregory afastara-se de Ivy, tratando-a mais como uma irmã do que como a garota por quem tinha um interesse amoroso. Suzanne voltou a se aproximar de Ivy, e Ivy estava feliz com isso.

- Vamos à festa da família Baines desde criança – Beth contou a Ivy. – Todo mundo em Stonehill vai.

- Menos eu – disse Ivy.

- E Will. Ele se mudou para cá no inverno passado, como você – disse Beth. – Falei com ele sobre a festa e ele vai.

- Vai? – Ivy tinha percebido que Beth e Will estavam cada vez mais próximos. – Ele é um bom rapaz.

- É mesmo – disse Beth, cheia de entusiasmo.

As duas ficaram se examinando por alguns minutos. Será que Beth e Will estavam se tornando mais que amigos? Ivy perguntava-se. Depois de escrever todas aquelas histórias românticas, talvez Beth tivesse se apaixonado finalmente. Não seria algo difícil de acontecer: muitas garotas gostavam de Will. Ivy mesmo sentia que sempre que olhava em seus olhos castanhos escuros… ao perceber o que estava pensando, rapidamente desviou o pensamento. Jamais se permitiria apaixonar-se novamente.

As garotas saíram da escola e Suzanne levou-as por um caminho cheio de rodeios até o carro, o qual, convenientemente, passava pelo campo de futebol em que o time estava treinando.

- Tenho de conseguir informações sobre o time – disse Suzanne depois de vários minutos de observação. – E se eu ficar caidinha



pelo número 49 e acabar descobrindo que ele é só um aluno de segundo ano?

- Um gato é sempre um gato – Beth respondeu filosoficamente. – E mulheres mais velhas com rapazes mais novos está super na moda.

- Não diga a Gregory que olhei – disse Suzanne em um sussurro encenado enquanto iam para o carro.

- Olhar é proibido? – perguntou Beth de forma inocente.

- Pensando bem, conte para ele, conte! – disse Suzanne, agitando os braços dramaticamente. – Deixe que ele saiba, Ivy, que estou disponí-vel e olhando para os rapazes.

Ivy só sorriu. Desde o começo, Suzanne e Gregory faziam joguinhos psicológicos um com o outro.
- Quer dizer, por que tenho de ficar presa a um cara só? – continuou Suzanne.

Ivy sabia que era tudo teatro. Suzanne estava obcecada por Gregory desde março e queria desesperadamente que ele se prendesse a ela.

- Vou começar na festa da família Baines – disse, abrindo o carro. – É lá que vários namoros da escola começaram, sabia?

- Você está planejando quantos? – provocou Ivy.

- Seis.

- Ótimo – disse Beth. – Mais seis corações partidos para eu escrever a respeito.

- Eu concordaria com cinco – acrescentou Suzanne, lançando a Ivy um olhar travesso. – Se você começasse um e parasse de pensar em Tristan.

Ivy não respondeu.

Suzanne entrou no carro, fechou a porta, e estendeu a mão para destravar a porta do passageiro. Mas, antes que Ivy pudesse abri-la, Beth pegou em sua mão. Falou rapidamente, mas em voz baixa:

- Você não pode esquecer, Ivy. Ainda não. Seria perigoso esquecer.

Novamente Ivy sentiu aquela sensação de arrepio em sua nuca.



Então, Beth abriu a porta do seu próprio carro, entrou nele e saiu em velocidade.

Suzanne olhou pelo espelho retrovisor, franzindo a testa. – Não sei o que deu naquela garota. Ultimamente parece um coelho assustado, saltitando para lá e para cá. O que ela acabou de dizer a você?

Ivy deu de ombros. – Só um conselho.

  • Não me diga – teve outra das suas premonições.
Ivy ficou em silêncio.

Suzanne riu. – Você tem de admitir, Ivy, a Beth é esquisita. Nunca levo os “conselhos” dela a sério. Você também não deveria.

  • Não levei até agora – disse Ivy. E nas duas ocasiões, pensou, me arrependo de não ter levado.


Capitulo 2
***












terça-feira, 5 de junho de 2012


Beijada por um Anjo

A Força do Amor

Com Relação ao segundo livro da série, Beijada Por Um Anjo – A Força do amor, partimos da recuperação do desatroso e insólito final, par a aceitação e novas descobertas, recuperamos o folego e começamos a perceber o aprofundamento da trama. Apesar de fatos estranhos e desconcertantes passarem a fazer parte da vida dos personagens aproximando-os ou distanciando-os, o leve e engraçado intrincado de fatos logo passa a fazer sentido apesar das poucas elucidações prestes a acontecer. Aqui pode começar a afirmar que nem tudo nesse emaranhado de fatos é como parece ou no minimo é o que Elizabeth quer nos fazer pensar...


Quatro semanas se passaram desde o acidente em que Ivy Lyons perdeu Tristan, o grande amor de sua vida, e deixou de acreditar em anjos. Os dias têm sido difíceis e, para superá-los, Ivy busca forças na família e nos amigos. Sua grande motivação agora é ensaiar para a apresentação de piano no Festival de Artes de Stonehill, já que Suzanne, sua amiga de infância, pensando em animá-la, fez a inscrição, mesmo contra a sua vontade.
Ainda sem saber lidar com seus poderes angelicais, Tristan Carruthers conta com a ajuda de Lacey um anjo mais experiente para aprender a tocar nas pessoas, canalizar energia e voltar ao passado. Assim, os dois partem em busca de respostas para o acidente, de um modo de fazer Ivy sentir Tristan e, principalmente, de revelar a ela que o acidente foi, na verdade, um assassinato.
Todo esforço de Ivy para superar a perda de Tristan é interrompido por pesadelos que a fazem reviver o dia do acidente e se misturam com fatos do dia do suicídio de Caroline, ex-mulher de Andrew, marido de sua mãe. O temor de Ivy é acalentado nos braços de Gregory, seu irmão adotivo.
Angustiado com os contínuos pesadelos da amada, Tristan decide que é a hora de fazer contato e segue seu objetivo com a ajuda de Lacey. Mas como aproximar-se de Ivy se ela não acreditava mais em anjos e ele agora era um?
O amor que os une será o canal para Tristan se aproximar de Ivy e alertá-la sobre as pessoas que estão ao seu redor. Será que todos em que ela confia são realmente seus amigos?



Capitulo 1

“Desta vez eu vou conseguir fazer contato com ela!” Tristan disse. “Tenho de avisar Ivy, eu tenho adizer a ela que a batida de carro não foi um acidente. Lacey, me ajude! Você sabe que essa história anjo não funciona de maneira natural comigo. “
” Agora você falou a verdade “, Lacey respondeu, recostando-se contra a lápide de Tristan.”Então você virá comigo?”

Lacey verificou as unhas, longas unhas roxas que não trincavam ou quebravam, assim como ogrosso cabelo castanho de Tristan nunca iria crescer novamente. Enfim, ela disse: ”Euacho que posso aguentar uma festa na piscina por uma horinha. Mas escute, Tristan, nãoespera que eu seja uma visitante perfeitamente angelical.

***

Ivy estava a beira da piscina, a água fria, ocasionalmente espirrava nela, arrepiava sua pele. Duasmeninas passaram por ela, perseguidas por um cara com uma pistola de água. Os trêscairam na piscina junto, deixando Ivy encharcado por uma chuva de gotas geladas.Se isto tivesse sido no ano anterior, ela teria tremido, tremido e rezando para seu anjo da água. Masos anjos não eram reais. Ela sabia que agora. No inverno anterior, quando ela tinha ficadopendurada na prancha muito acima da piscina da escola, congelada com medo que ela conheciadesde a infância, ela havia orado para seu anjo da água. Mas foi Tristan, que havia salvado.

Ele lhe ensinara a nadar. Apesar de seus dentes baterem desde o primeiro dia, e o próximo, e opróximo, ela adorou a sensação da água quando passava por ela. Ela tinhao amava, mesmo quando ele argumentou que os anjos não eram reais. Tristan tinha rasão.E agora Tristan foi, juntamente com sua crença em anjos.

“Indo nadar? “

Ivy se virou rapidamente e viu seu próprio rosto bronzeado e de tumbleweedcabelos de ouro refletida nos óculos de sol de Eric Ghent. Seu cabelo molhado era penteado paratrás, quase transparente contra sua cabeça. “Sinto muito não temos um trampolim alto”,Eric disse. Ela ignorou o pequeno golpe. “É uma bela piscina de qualquer jeito.” “Ébem pouco profunda “, disse ele, tirando seus óculos de sol, deixando-osna sua medula óssea contra seu peito. Os olhos Eric eram azul claro,e seus cílios eram tão pálido que parecia que ele não tinha nenhum. “Eu posso nadar. “, Ivy disseele.

“Verdade”. Um dos lados da boca de Eric enrolado. “Deixe-me saber quando estiver pronta”,disse-lhe, em seguida, afastou-se para conversar com outros convidados.Ivy não esperava que Eric fizesse coisa melhor do que isso. Embora tivesse convidou ela e seus doisamigos mais próximos para sua festa de verão na piscina, eles não eram membros da elite Stonehill.Ivy estava certo de que Beth, Suzanne, e ela estava lá só a pedidodo melhor amigo de Eric e meio-irmão de Ivy, Gregory. Ela olhou em toda apiscina em fila de gente tomando sol, em busca de suas amigas. No meio de umadúzia de corpos oliosos e cabeças oxigenadas estava Beth, com um chapéu enorme ealgo semelhante a um vestido largo. Ela estava falando a mil por hora com WillO’Leary, outro dos amigos de Gregory. De alguma forma, Beth Van Dyke, quenunca tinha sonhado em ser legal, e Will, que era super legal, tinha se tornam amigos.As meninas em torno deles foram se organizando para mostrarao sol ou para Will seu melhor ângulo, mas não percebeu. Ele estava balançando a cabeçaencorajador para Beth, que foi, provavelmente, dizendo-lhe sua mais recente idéia de umahistória. Ivy se perguntou, se de sua maneira, Will gostava dos escritos de Beth



(poemas e histórias, e, uma vez para aula de história, uma biografia de Maria, Rainha dosEscoceses), que de algum modo sempre se transformavam em contos de emoções doromance. O pensamento fez Ivy sorrir. Will olhou em toda a piscina, mesmo depoise pegou o sorriso. Por um instante, seu rosto parecia em chamas. Talvez fosse apenasa cintilação do sol na água, mas Ivy deu um passo consciente para traz. Tão rapidamente,ele virou o rosto para a sombra do chapéu de Beth.
Como Ivy recuou sentiu a pele nua e fria. A pessoa não semover para fora do caminho, mas baixou o rosto sobre o seu ombro, e raspou a boca em sua orelha.”Eu acho que você tem um admirador”, disse Gregory.Ivy não se afastou dele. Ela tinha me acostumado com seu meio-irmão, sua tendênciainclinar-se demasiado perto, a sua maneira de mostrar por trás dela de forma inesperada. “Umadmirador? Quem? “Olhos cinzentos Gregory riu para ela. Ele era moreno, alto emagro, com um bronzeado de passar horas por dia a jogar ténis. Nos últimosmeses, ele e Ivy tinha passado muito tempo juntos, mas antes de abrilnunca teria acreditado possível. Então, o que ela e Gregory tinha emcomum foi o choque com a decisão de seus pais para casar, e raiva edesconfiança de um no outro. Aos dezessete anos. Ivy estava ganhando seu próprio dinheiro ecuidando de seu irmão mais novo. Gregory estava correndo ao redor do Connecticutrural em sua BMW com a gente rica que desprezava qualquer um que não tivesse o mesmo que eles.

Mas tudo isso parecia sem importância agora que ele tinha e Ivy compartilhavam muito mais, o suicídio da mãe de Gregory e morte de Tristan. Quandoduas pessoas que vivem na mesma casa, Ivy descobriu, eles compartilham alguns de seussentimentos mais profundos, e, surpreendentemente, ela veio confiar em Gregory.Ele estava lá quando ela perdeu Tristan.

“Um admirador”, Ivy repetiu, sorrindo. “Parece-me que você andou lendo romances de Beth.”Afastou-se da piscina, e Gregory acompanhou ela como uma sombra.Rapidamente Ivy fez uma varredura da área do pátio buscando sua melhor e mais antiga amiga,Suzanne Goldstein. Pelo bem de Suzanne, Ivy queria Gregory não ficasse tão perto.Ela desejou que ele não sussurrasse para ela como se eles compartilharam algum segredo.

Suzanne vinha perseguindo Gregory desde o inverno, e Gregory havia incentivadoa perseguição. Suzanne disse que eles eram oficialmente namorando agora;Gregory sorriu e não admitiu nada. Bem enquando Ivy colocou a mão emGregory para empurrá-lo um pouco para trás, uma porta de vidro se abriu e surgiu Suzanneda casa da piscina. Ela parou por um instante, como se analisasse a cena - asafira oval da piscina, as esculturas de mármore, os terraços deflores. A pausa lhe deu convenientemente uma chance para todos os caras olharem para ela.Com seus cabelos negros brilhantes e um biquíni minúsculo que parecia mais jóias do que a roupa, ela suplantou todas as outras meninas, incluindo asque tinham sido membros de longa data do grupo de Eric e Gregory. “Se alguém temadmiradores “, Ivy disse,” é Suzanne. E se você for esperto, você vai chegar láantes de vinte caras. “Gregory riu e afastou um emaranhado de cabelos dourados da bochecha deIvy. Ele sabia que, naturalmente, Suzanne estava vendo. Tanto Gregory e Suzanne estavam jogando, e Ivy foi muitas vezes apanhada no meio. Suzanne movia se com graça felina, chegando rapidamente, mas nunca apareceu para mover se mais rápido do que em um passeio.

Linda Roupa! Ela cumprimentou Ivy. Ivy piscou, então olhou para ela com surpresa.Suzanne tinha ido com ela quando ela comprou a roupa e nunca tinha lhe pedido para encontrar algo que caiu caisse melhor. Mas é claro que isso era apenas uma estrategia para desviar a atenção de Gregory para … para a joias de Suzanne.


“Realmente parece fantástico em vocês. Ivy. “” Isso é o que eu lhe disse, “Gregory disse em uma voz muito quente. Ele nunca disse coisa algumasobre a roupa de banho de Ivy. Sua mentira foi destinado a fazer ciúmes em Suzanne. Ivy lançoulhe um olhar e ele riu.”Você trouxe qualquer protetor solar? “Suzanne perguntou.” Eu não posso acreditar que eu esquecio meu.”Ivy não podia acreditar que ele acreditou . Suzanne tinha vindo a trabalhar nessa linha desde queforam doze e passava suas férias na casa de praia dos Goldsteins ‘.”Sei que minha pele vai fritar “, disse Suzanne.Ivy pegou a bolsa, que estava em uma cadeira próxima. Ela sabia que Suzanne poderia estender-seno sol ao meio-dia sobre uma folha de papel e ainda nunca se querimar. “Aqui. Fique. Tenhobastante.” Então ela colocou o tubo na mãos de Gregory. Ela começou a sair, mas Gregory agarrou pelobraço. “Como e você? “, ele perguntou, a voz baixa e íntima.” quanto a mim o quê? “Não você precisa de alguma loção? “, perguntou.” Nop. Eu estou bem.

“Mas ele não quis deixá-la ir. “Você sabe como você esquecer os lugares mais óbvios”, disse eleenquanto ele alisou a loção na base do pescoço e em seus ombros, sua voz como sedasuaves como os dedos. Ele deslizou um dedo abaixo de seu biquini. Ivy baixou a alça. Ela estavaficando louca. Sem dúvida, Suzanne estava queimando, também, elapensamento, embora não pelo sol.Ivy se afastou de Gregory e colocar rapidamente em seu óculos de sol, esperando que máscarassemsua raiva. Ela afastou-se rapidamente, deixando-os para provocar e antagonizar um ao outro. Ambosestavam usando ela para marcar seus pontos. Por que eles não poderiam deixá-la fora de seus jogosestúpidos?

Você está com ciúmes, repreendeu-se. Você está apenas com ciúmes porque eles têm um aooutro, e você não tem Tristan.Ela achou uma poltrona vazia na borda de uma pequena multidão e caiu nela. O rapaz e garotapróximos a ela observavam com interesse, Suzanne e Gregory, a levou a duas salas em um cantodistante dos outros. Eles cochichavam como Gregory passava loção, distribuídos por sua perfeiçãocorpo em forma.

Ivy fechou os olhos e pensou em Tristan, sobre seus planosa correr para o lago em conjunto, a flutuar no meio dele com o solbatendo em suas mãos e pés. Ela pensou sobre a forma como Tristan tinhabeijou-a no banco de trás do carro, na noite do acidente. Era aternura do seu beijo que ela se lembrava, do jeito que ele tocou seu rostocom admiração, quase reverência. A maneira como ele tinha abraçado fez sentir não sóamada, mas sagrada para ele.

“Você ainda não foi para água.”

Ivy abriu seus olhos. Parecia bem claro que Eric não iria deixá-la sozinha, até que elaprovado que ela não iria pirar na piscina. “Eu estava pensando sobre isso”,disse ela, tirando seus óculos escuros. Ele esperou por ela na beira da piscina. Ela alegrou-se que, na sua própria festa, Eric tinha ficado sóbrio. Mas talvezesse era o jeitocomo ele inventou para se compensar. Sem álcool, sem drogas, isso foi como Ericentreter-se: testar as pessoas em seus pontos mais vulneráveis.

Ela caiu na água. Nos primeiros momentos o velho medo tomou conta delacomo a água arrastou se até seu pescoço, e ela tinha um medo terrível. “Isso é o quea coragem, “Tristan disse,” enfrentando o que você tem medo. “Com cadanadanda, ela ficou um pouco mais confortável. Ela nadou o comprimento da piscina,depois parou e esperou por Eric na parte funda. Ele era um nadador medíocre.


“Nada mau “, disse Eric quando ele falou com ela.” Você não é nada mau para uma principiante. “

“Obrigado”, disse Ivy.

“Você não está nem ofegante.”

“Eu acho que estou em boa forma. “

” O fôlego não é para todos “, disse ele.” Você sabe, há um jogo que Gregorye eu jogamos no acampamento quando éramos crianças.”Fez uma pausa, e Ivy adivinhou que ele iria sugerir que jogá-lo agora. Ela desejou que estar nooutro lado da piscina, onde tem sobras e as árvores não expunham o sol, e a maioria das pessoasagora estavam sentadas.

“É uma teste para ver quanto tempo cada um de nós pode prender a respiração “, disse ele.Falou sem olhar para ela; Eric raramente olhou alguém nos olhos. “Você tem quesubmergir na água e ficar debaixo quanto tempo for possível, enquanto o outrocromometra.

“Ivy pensou que era um jogo bobo, mas ela foi junto com ele,perceber que quanto mais cedo eles jogaram, quanto mais cedo ela poderia se livrar dele.

Eric rapidamente foi abaixo, segurando o braço acima da superfície para que ela pudesse lero relógio. Ele permaneceu em um minuto e cinco segundos, voltou a superfíciecom um suspiro. Então ela tomou um grande gole de ar e desceu. Ela contoulentamente para si mesma, um mil, dois mil determinado a vencê-lo.Enquanto ela prendeu a respiração, ela olhava redemoinho do cabelo solto ao redor dela. Acloro era forte, e ela queria fechar os olhos, mas alguma coisa lhe disse não confiar em Eric.

Quando ela finalmente apareceu, ele disse, “Eu estou impressionado! Um minuto e três segundos.
“Ela contou um minuto e quinze.”

Aqui é o próximo passo “, ele afirmou. “Vemos se podemos ficar com mais tempo, descendo juntos. É como se estivéssemos incentivar uns aos outros. Pronto? “Ivy concordou com relutância.Depois disso, ela ia sair da piscina. Eric olhou para o relógio. “Na contagem de três,dois, um “De repente, ele puxou-a para baixo. Ivy não tinha chegado a sua respiração. Elapuxado para trás, mas Eric não deixou eu ir. Ela agitou as mãos com ele debaixo d’águamas ele agarrou seu braço. Ivy começou a sufocar. Ivy tinha engolido um pouco de águacomo Eric arrastou-a para baixo, e não podia deixar de tosse, tentando limpar o seupulmões, mas cada vez que ela fez, ela engoliu mais água. Eric abraçou apertado.Ela tentou chutá-lo, mas ele mudou as pernas para fora do caminho e deu umsorriso de lábios fechados.

Ele está gostando disso, ela pensou. Ele acha que isso é divertido. Ele élouco!

Ivy lutava para se afastar dele. Seu estômago apertado com cólicas,e os joelhos se esticaram. Seus pulmões sentiam como se fosse explodir.De repente, Eric fez uma careta. Ele puxou para um lado tão rapidamente que ele girou Ivy com ele.Em seguida, ele soltou. Ambos vieram à superfície, arfando e tossido.”Você é um idiota. Você é um idiota estúpido! “Ivy gritou. Mas sua tosse lhe impediu de prosseguir.Eric foi até a borda, o rosto pálido, e com seus dedos agarrava suas costas. Quando tirou sua mão,ela viu as marcas vermelhas, sangrenta linhas finas, como se alguém tivesse arranhado suas costas elateral, unhas longas e afiadas. Eric olhou em volta rapidamente com palidez, olhos desfocados, emseguida, 


virou-se para ela. Seu rosto parecia quase tão distorcido como debaixo d’água. “Euestava apenas brincando “, disse ele.Alguém chamou a partir da extremidade oposta da piscina. As pessoas estavam começando a semover para dentro. Levantou-se lentamente e caminha na direção da casa da piscina. Ivy ficou aolado da piscina, respirando profundamente. Ela sabia que tinha que ficar na piscina. Ela teve queesperar até que ela respirasse normalmente de novo, depois deu algumas braçadas. Tristan lheensinou a superar o medo. Ela não ia deixar que Eric fizesse volta a ter. Ela começou a nadar.

Quando Ivy chegara ao fim da piscina e fez sua volta para mais uma volta, Bethestendeu a mão e agarrou seu tornozelo. Ivy olhou por cima do ombro e viu Bethoscilando à beira da piscina, seu grande chapéu caindo sobre elaolhos. Will se moveu rapidamente para ancorar Beth por trás. “O que está acontecendo?” Ivyperguntou: sorrindo, Beth, olhando rapidamente, conscientemente à Vontade.”Todo mundo vai dentro para assistir a vídeos “, Beth disse-lhe com entusiasmo”, alguns que foramfilmados na escola este ano, e depois da escola em jogos de basquete e “Beth parou.”competições de natação ,” Ivy terminou a frase para ela. Talvez ela pudesse ver, umamais uma vez, Tristan nadar borboleta.Beth deu um passo para trás a partir da borda da piscina e se virou para Will. “Eu vou ficar fora porum tempo.”

“Não fique fora por mim, Beth”, disse Ivy. “Eu”…

“Ouça,” interrompeu Beth, “com todo mundo lá dentro, eu posso finalmente tirar a roupa este belocorpo branco e não se preocupe em cega los com a neve.

“Will riu baixinho e disse: algo para os ouvidos de Beth só. Ele era um cara doce, mas Ivy não teria culpa se ele estava furioso com ela, não depois cena que elatinha feito na noite do sábado anterior. Ele tinha desenhado anjos e um deles,Tristan como um anjo com seus braços em volta de Ivy. Ela rasgou empedaços.

“Vai lá e assistir a vídeos, Beth”, Ivy disse com firmeza. “Eu só queronadar um pouco.”Will inclinou-se então.” Você não deve nadar por si mesmo.Ivy. “

” Isso é o que Tristan costumava dizer.

“Em resposta Will olhou de volta para ela olhos que falavam uma língua própria. Eles eram piscinasmarrom profundo suficiente para se afogar dentro, Ivy pensou. Os de Tristan foram cor de avelã, noentanto havia algo semelhante em seus olhos e Will, algo que a atraia para ele.

Ela virou-se rapidamente, em seguida, prendeu a respiração. Com um flash suave do colorido dasasas, uma borboleta pousou em seu ombro. “Um Flyer¹”, disse Beth. Talvezporque eles estavam pensando sobre Tristan, Beth tinha usado a palavra para umnadador que fez a borboleta. Ivy tentou enxotar o inseto. Suas asasvibraram, mas surpreendeu ao ficar colocada.”Te confundiu com uma flor, “Will disse, sorrindo, com os olhos cheios de luz.” Talvez “, respondeuIvy, ansioso para ficar longe dele e de Beth. Emplusino se para dentro da piscina,ela começou a nadar.Ela fez volta após volta, e quando ela foi finalmente cansou, nadou até o meio da piscina e viroupara flutuar.

¹ Flyer: É o nome em inglês para nadadores do estilo borboleta.




“É um sentimento tão maravilhoso, Ivy. Você sabe o que é como flutuar sobre um lago, um círculode árvores em torno de você, uma grande tigela azul no céu acima de você? Você está deitado emcima da água, sol brilhante nas pontas dos dedos das mãos e pés.”A memória do Tristan a voz era tão forte, era como se ela ouviu-o agora. Pareciaimpossível que o grande tigela azul no céu permanecia, ele deveria ter quebradocomo o pára-brisa do carro na noite do acidente, mas ele estava lá. Ela lembrou deitada na água, sentindo o seu braço debaixo dela, como ele ensinouela a flutuar. “Calma, não lute contra isso”, ele disse.Ela não lutou contra isso. Ela fechou os olhos e imaginou estar no centro de um lago. Quando elaabriu os olhos, ele estava olhando para ela, seu rosto como o sol, aquecendo ela. “Eu estouflutuando,” Ivy sussurrou, e sussurrou agora.”Você está flutuando”. Flutuando”. Tinham lido nos lábios de cada um, e por ummomento agora ela sentia como se ele estivesse debruçado sobre ela ainda “flutuando”, os seuslábios perto, tão perto …

“De volta!”

Ivy puxou a cabeça rapidamente, e seus pés afundaram em linha retapor debaixo dela. Ela rapidamente limpou a água para fora dos olhos. A porta dacasa da piscina havia sido escancarada, e Gregory estava correndo pelo gramado,carregando um pequeno pedaço de roupa escura em suas mãos. Estranhos globos de uma coisabranca e espumosa voou de seu cabelo. Eric veio correndo nu depois dele, uma mãoagarrando o chapéu de Beth, sua única cobertura e o outro empunhando uma longafaca de cozinha. “Você está morto, Gregory”.

“Vem pegar.” Gregory incitou. e o levantou o calção de banho de Eric. “Vamos. Dê o seu melhor.”“Eu vou…

“Claro, claro”, disse Gregory

Eric de repente parou de correr. “Eu vou pegar você, Gregory “, advertiu.” Quando você menosesperar. “


Capitulo 2

...




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Acesso em: 05 junho 2012